CATEQUESE COM BEATRIZ
23-01-2023
Disse Jesus:
“Onde dois ou mais estiverem reunidos em meu nome, Eu estarei no meio deles” (Mt 18,20)
“Foi-me dada toda autoridade no céu e na terra. Ide, pois, fazer discípulos entre
todas as nações, e batizai-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Ensinai-lhes a observar tudo o que vos tenho ordenado. Eis que estou convosco todos os dias, até o fim dos tempos”
(Mt 28,18-20)
Os encontros iniciam sempre com o Sinal da Cruz:
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo
Amém.
Oração ao Espírito Santo:
Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do vosso amor. Enviai o vosso Espírito e tudo será criado e renovareis a face da Terra.
Oremos : Oh Deus, que instruístes os corações dos vossos fiéis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas segundo o mesmo Espírito e gozemos sempre da sua consolação. Por Cristo, Senhor nosso. Amém.
CATEQUESE COM BEATRIZ – 2.023
SUMÁRIO
1° ENCONTRO: A BÍBLIA E A TRADIÇÃO………………………………………………………………………………….. 9
2° ENCONTRO: A CRIAÇÃO DO MUNDO………………………………………………………………………………….. 18
3º ENCONTRO: OS DEZ MANDAMENTOS
1° ENCONTRO: A BÍBLIA , LÂMPADA PARA MEUS PÉS…
A Bíblia foi escrita mais ou menos 1200 anos a. C.
Bíblia vem da palavra biblion que significa “biblioteca”.
Os judeus reconhecem como Palavra de Deus apenas o Antigo Testamento.
O Antigo Testamento contém 46 livros que tratam da história de
Israel – o povo que Deus escolheu para fazer aliança.
O Novo Testamento contém 27 livros que narram a vida e os ensinamentos de Jesus e seus apóstolos.
Antigo Testamento = Refere-se à Aliança de Deus com o povo judeu
Novo Testamento= Refere-se à Aliança de Deus com a Humanidade
As citações são assim encontradas na Bíblia: Ex: Mt 4,1-5 Isto quer dizer: Evangelho de São Mateus, capítulo 4, versículo de 1 a 5.
(O número grande é o Capítulo, os números pequenos no decorrer do texto são os versículos)
OS LIVROS DA BÍBLIA
ANTIGO TESTAMENTO
O plano de salvação proposto por Deus foi se realizando lentamente através de vários séculos, deste modo surgiram os primeiros 5 livros, denominados PENTATEUCO ou TORÁ (pelos judeus).
O livro do Gênesis, primeiro livro, narra sobre a criação do mundo: como surgiram o dia, a noite, os continentes, o mar, as plantas, animais e o homem e a mulher; mostrando o amor de Deus por toda criação.
Diante da incredulidade do povo que fazia ídolos para adorar (a exemplo do bezerro de ouro – Ex 32,1-6) Deus se manifestou a Moisés (primeiro profeta) entregando a ele os dez mandamentos
O povo se preocupava muito com a recordação de sua história, com seus antepassados, origem e com o modo como os gravaria na memória; daí a importância dos livros históricos, que totalizam 16 livros:
Josué, Juízes, 1 Samuel, 2 Samuel, I reis, 2Reis, 1Crônicas, 2Crônicas, Esdras, Neemias,
Tobias, Judite, Ester, 1 Macabeus, 2 Macabeus.
Depois temos os livros SAPIENCIAIS nos ajudam há perceber o tempo do século
IV a.C até a época de Jesus. O caráter ora poético, ora meditativo lhes dá uma
atualidade que ultrapassa o tempo da época. A maioria deles são didáticos, sendo
usados para orientar o povo, o que implica a geração cultural de nossos primeiros pais
na fé cristã, inclusive de Jesus.
O ensinamento de Jesus chamado parábolas vem do mesmo nome dos Provérbios. Os Livros sapienciais são sete: Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes, Cântico dos Cânticos, Sabedoria e Eclesiástico.
A seguir vemos os 18 livros PROFÉTICOS ou PROFETAS: Isaías, Jeremias, Lamentações, Baruc, Ezequiel, Daniel, Oséias, Joel, Amós, Abdias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuc, Sofonias, Ageu, Zacarias, Malaquias.
NOVO TESTAMENTO
“Tendo Deus falado outrora muitas vezes e de muitas maneiras pelos profetas,
agora falou-nos nestes últimos tempos pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de
tudo e por quem igualmente criou o mundo.” Hb 1,1-2
Cristo é a luz que ilumina o passado, o presente e o futuro. Fazendo referência a Ele, podemos entender a mensagem da Bíblia hoje; não sem antes conhecer o Antigo e o Novo Testamento.
“Os evangelhos são o coração de todas as Escrituras, “uma vez que constituem o
principal testemunho da vida e da doutrina do Verbo encarnado, nosso Salvador”.CIC
Encontramos nos 4 Evangelhos (Mateus, Marcos, Lucas e João) os traços
principais da vida de Jesus de Nazaré, conhecendo Suas palavras, atos e milagres. Ele é o Messias esperado pelo povo de Israel. Jesus anuncia a salvação, que é acolhida por poucos, inclusive nos dias de hoje.
O Livro ATOS DOS APÓSTOLOS relata a experiência e o anuncio do Cristo Ressuscitado e testemunhado pelos apóstolos.
Os demais livros do Novo Testamento são os seguintes: (as 14 Cartas de São
Paulo – Romanos, 1 e 2 Coríntios, Gálatas, Efésios, Filipenses, 1 e 2 Tessalonicenses, 1
e 2 Timóteo, Tito, Filêmon e Hebreus) estes foram colocados a serviço da vida e da missão das primeiras comunidades.
Como São Paulo, os demais escritores estavam preocupados com os problemas enfrentados pelas primeiras comunidades cristãs. De modo geral, escreveram para confortar, ensinar e advertir as comunidades. Assim temos ainda as Cartas Católicas (7 livros), Tiago. 1° e 2° Pedro e 1°, 2° e 3°João, Judas.
No final da Bíblia encontramos o livro Profético do Apocalipse de São João que
quer dizer “REVELAÇÃO”. O livro do apocalipse é a resposta de Deus ao povo aflito e perseguido. Foi escrito para ser revelado, ou seja, tirar o véu e, com a luz da fé, clarear a situação do povo. Por meio desta “revelação de Jesus”, transmitida por João, Deus revela ao povo o seu plano de salvação. Dentro dos acontecimentos da perseguição a Boa-Nova vinda de Deus que vem para libertar.
VOCÊ SABIA?
A palavra TORÁ é hebraica e significa lei.
A palavra PENTATEUCO é grega e significa cinco divisões. (pente = cinco)
A palavra Êxodo significa saída
EVANGELHO significa Boa Notícia
SAIBA MAIS… PENTATEUCO (os 5 primeiros livros da Bíblia)
Gênesis (Gn) – fala sobre a origem da vida, a desobediência de Adão e Eva e a história
do povo hebreu no Egito.
Êxodo(Ex)- narra a aliança de Deus com o povo através de Moisés e a libertação da
escravidão no Egito.
Levitico(Lv) – traz orientações sobre como ofertar a Deus os sacrifícios, o sacerdócio, a
vida e as relações comunitárias.
Números(Nm)- refere-se ao tempo em que os judeus estavam no deserto, a caminho
da terra prometida a Moisés.
Deuteronômio(Dt)-fala sobre as leis a serem observadas já na terra prometida
(Canaã).
LIVROS HISTÓRICOS
Josué(Js)- Sucessor de Moisés.
Juízes(Jz)- retrata líderes comunitários que surgiam em Israel quando o povo precisava de um “salvador”. Fala sobre a história de Sansão (capítulo 14).
Rute (Rt) – Bisavó do rei Davi. Costumes comunitários ensinados pela lei. Exemplo de amor leal, filial e conjugal.
1 Samuel (1Sm) – fidelidade à aliança, o culto a Deus como único Senhor.
2 Samuel (2Sm) – Surge o modelo concreto de Rei. Rei Davi, apesar de suas fraquezas e pecados foi fiel a Deus e aos mandamentos.
1 Reis (1Rs) – Narração do profeta Elias (capítulo 17-19).
2 Reis (2Rs) – Narração do profeta Eliseu. De Josias a queda de Jerusalém.
1 Livro de Crônicas (1Cr) – Da criação e do Êxodo pressupondo aquilo que os teólogos sacerdotais do século 5 a.C. já haviam recolhido da lei.
2 Livro de Crônicas (2Cr) – Proclamação instrutiva que Deus proporcionou a seu povo.
Esdras (Esd) – apresenta diversos episódios dos fundadores do judaísmo.
Neemias (Ne) – administrador encarregado pelo rei da Pérsia de transformar Jerusalém
em digna capital regional e segura contra os egípcios.
Tobias (Tb) – Usa a vida familiar do velho Tobit e as aventuras do jovem Tobias para ensinar o que significava o temor a Deus, piedade, boas obras, justiça e a proteção de Deus para judeus fiéis.
Judite (Jt) – resistência do povo judeu representado pela mulher Judite (forma simbólica).
Ester (Est) – rainha, filha adotiva do israelita Mardoqueu. Ocupa lugar entre as mulheres de valor na Bíblia.
1 Macabeus (1Mc) – Trata sobre religião e Estado na história dos macabeus. Reflete interesses políticos.
2 Macabeus (2 Mc) – Continuação do 1 Livro de Macabeus, só é mais religioso.
LIVROS SAPIENCIAIS
Jó – denuncia a desgraça de seu viver.
Salmos (Sl) – em hebraico chamado livro dos hinos. É um conjunto de 150 poesias compostas pelo povo para rezar a Deus.
Provérbios (Pr) – é uma obra didática, destinada a ser decorada, ao uso das famílias tradicionais da época.
Eclesiastes (Ed) – é uma palavra grega que significa: o homem da assembléia. O livro apresenta o pensamento de um sábio ancião (idoso) com intuito de instruir os jovens. Sabedoria (Sb) – o título original é Salomão. Foi escrito no I século a.C. O livro inteiro está construído na oração de Salomão para adquirir sabedoria. Fala sobre a sabedoria de Deus na história de Israel.
Eclesiástico (Eclo) – Fala sobre o saber viver no dia a dia, a lei e o dom de Deus.
LIVROS PROFÉTICOS
Isaías (Is) – fala sobre a obra de Deus (o Deus que age),o povo pecador, o conhecimento de Deus e a salvação.
Jeremias (Jr )- Opõe-se a pactos políticos com advertências, cita a confiança exclusiva em Deus, a vocação profética que implica em rejeição e sofrimento.
Lamentações (Lm) – são poemas de luto em torno da devastação de Jerusalém e a destruição do templo por Nabucodonosor. É uma obra anônima.
Baruc (Br) – Fala da sabedoria de Deus que supera tudo.
Ezequiel (Ez) – Sua mensagem nos diz que o Deus santo se manifesta no seu modo de agir, assim revela Sua glória.
Daniel (Dn)- A fidelidade ao Deus de Israel, os mártires, a idolatria e a justiça de Deus.
Oséias (Os) – As injustiças e a corrupção religiosa, o amor de Deus e a história de israel.
Joel (Jl) – a penitência, a efusão do Espírito Santo, e a esperança.
Amós (Am) – as desigualdades e a injustiça social, a despreocupação, o luxo e a falsa segurança.
Abdias (Ab) – Restauração da hegemonia (predomínio) de Jerusalém na região.
Jonas (Jn) – fala sobre a misericórdia de Deus.
Miquéias (Mq) – a injustiça rural, o anúncio do messias e caminhar com Deus.
Naum (Na) – a justiça de Deus.
Habacuc (Hab) – Fidelidade a Deus (como judeu e a Lei de Moisés).
Sofonias (Sf) – fala sobre a violência que não constrói uma comunidade, a alegria da presença do Senhor.
Ageu (Ag) – Reconstruir o templo em honra a Deus.
Zacarias (Zc) – Fala sobre o Messias, o dia do Senhor, esperança , harmonia e a santidade da casa do Senhor.
Malaquias (Ml) – a lei, os profetas (Moisés e Elias) e a fidelidade matrimonial.
2° ENCONTRO: A CRIAÇÃO DO MUNDO
“No princípio criou Deus os céus e a terra.” Gênesis 1,1
Gênesis 1,1-25 (Criação de todos os elementos terrestres)
Gênesis 2,1-7 (Criação do homem).
Gênesis 2,18 (Desejo de criar uma companheira para o homem).
Gênesis 2,21-25 (Criação da mulher).
v Deus criou tudo o que existe a partir da Sua vontade
v Tudo o que Deus criou é bom;
v Deus criou o homem e a mulher a sua imagem;
v Deus criou o homem e a mulher precisando um do outro;
v Deus tornou o homem e a mulher responsáveis pela criação;
v Deus criou o homem e a mulher querendo a amizade deles;
v O homem e a mulher se afastaram de Deus pela desobediência;
“Não existe nada que não deva a sua existência a Deus Criador. O mundo começou quando foi tirado do nada pela Palavra de Deus; todos os seres existentes, toda a natureza, toda história humana tem suas raízes nesse acontecimento primordial: a própria gênese pela qual o mundo foi constituído e o tempo começou.” CIC 338
VOCÊ SABIA?
A criação é obra contínua de Deus; por isso, Deus ainda continua criando, sustentando e conduzindo as suas criaturas.
Com a desobediência de Adão e Eva começou o pecado original – uma espécie de predisposição ou tendência a afastar-se de Deus e das suas orientações para a nossa vida. Somos descendentes de Adão e Eva, por isso, já nascemos com esse pecado, que é
apagado com o Batismo.
Durante esta semana procure observar a natureza, as pessoas, os lugares e descobrir
a beleza da criação de Deus!
10/01/2023
Os MANDAMENTOS da LEI de DEUS são comparados ao “olho de gato” que ajudam os motoristas a seguirem na estrada corretamente à noite.
Os Mandamentos são uma ajuda De Deus para que permaneçamos unidos a Ele, no caminho certo!
3º Encontro – OS DEZ MANDAMENTOS DA LEI DE DEUS
1º MANDAMENTO: Amar a Deus sobre todas as coisas:
O primeiro mandamento convida a pessoa a crer em Deus, a esperar Nele e a amá-Lo acima de tudo. A superstição é um desvio do verdadeiro culto que prestamos ao verdadeiro Deus, é uma espécie de Idolatria. Adorar a Deus é reconhecer, com respeito e submissão absoluta, o «nada da criatura», que só por Deus existe. Adorar a Deus é, como Maria no Magnificat, louvá-Lo, exaltá-Lo e humilhar-se, confessando com gratidão que Ele fez grandes coisas e que o seu Nome é santo. A adoração do Deus único liberta o homem de se fechar sobre si próprio, da escravidão do pecado e da idolatria do mundo. «Ao Senhor teu Deus adorarás» (Mt 4, 10). Adorar a Deus, prestar-Lhe o culto que Lhe é devido, cumprir as promessas e votos que se Lhe fizeram, são atos da virtude da religião, que traduzem a obediência ao primeiro mandamento. Na medida em que rejeita ou recusa a existência de Deus, o ateísmo é um pecado contra o primeiro mandamento.
2º MANDAMENTO: Não tomar seu santo nome em vão:
Este mandamento proíbe o uso inconveniente do nome de Deus. As promessas feitas a outra pessoa em nome de Deus empenham a honra, a fidelidade a veracidade e a autoridade divinas. Devem ser respeitadas. A blasfêmia consiste em proferir contra Deus palavras de ódio, de ofensa, de desafio e em falar mal de Deus. É também blasfêmia recorrer ao nome de Deus para encobrir práticas criminosas, oprimir o povo, torturar ou matar. Não podemos pôr em dúvida os sentimentos de Temor de Deus, pois temos a visão de um Deus soberano e consciência de sua presença. Ora, na medida em que acreditamos que Ele está presente, este mandamento proíbe também o uso indevido do nome Jesus, de Maria e de todos Santos de maneira injuriosa. Devemos ter tais sentimentos. “Não os ter, é não estar consciente desta realidade, é não crer que Ele está presente.
3º MANDAMENTO: Guardar domingos e festas:
O terceiro mandamento do Decálogo refere-se à santificação do sábado: “O sétimo dia é um sábado: um descanso completo consagrado ao Senhor” (Ex 31, 15). O Evangelho relata numerosos incidentes em que Jesus é acusado de violar a lei do sábado. Mas Jesus nunca viola a santidade deste dia. É com autoridade que Ele dá a sua interpretação autêntica desta lei: “O sábado foi feito para o homem e não o homem para o sábado” (Mc 2, 27). Cheio de compaixão, Cristo autoriza-Se, em dia de sábado, a fazer o bem em vez do mal, a salvar uma vida antes que perdê-la. O sábado é o dia do Senhor das misericórdias e da honra de Deus. Jesus ressuscitou de entre os mortos «no primeiro dia da semana” (Mc. 16, 2). Enquanto “primeiro dia”, o dia da ressurreição de Cristo lembra a primeira criação. Enquanto “oitavo dia”, a seguir ao sábado, significa a nova criação, inaugurada com a ressurreição de Cristo. Este dia tornou-se para os cristãos o dia do Senhor, o Domingo. Reunimo-nos todos no dia do Sol, porque foi o primeiro dia após o Sábado judaico, mas também o primeiro dia em que Deus, tirando das trevas a matéria, criou o mundo, e porque Jesus Cristo, nosso Salvador, nesse mesmo dia, ressuscitou dos mortos. O domingo distingue-se expressamente do sábado, cuja prescrição ritual para os cristãos substitui o sábado e realiza plenamente na Páscoa de Cristo a verdade espiritual do sábado judaico e anuncia o descanso eterno, do homem, em Deus. Os que viveram segundo a antiga ordem das coisas alcançaram uma nova esperança, não guardando já o sábado, mas o dia do Senhor, em que a nossa vida foi abençoada por Ele e pela sua morte. A celebração do domingo é o cumprimento da prescrição moral de «prestar a Deus um culto exterior, visível, público e regular, sob o signo da sua bondade universal para com os homens». O culto dominical cumpre o preceito moral da Antiga Aliança, cujo ritmo e espírito retoma ao celebrar em cada semana o Criador e o Redentor do seu povo.
4º MANDAMENTO: “Honra teu pai e tua mãe…”:
“Honra teu pai e tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o Senhor, teu Deus, te dá”. De acordo com este mandamento, Deus quis que, depois dele, honrássemos nossos pais e todos os que Ele, para o nosso bem, investiu de autoridade. A salvação da pessoa e da sociedade humana está estreitamente ligada ao bem estar da comunidade conjugal e familiar. Os filhos devem aos pais respeito, gratidão, justa obediência e ajuda. O respeito filial favorece a harmonia de toda a vida familiar. A paternidade divina é a fonte da paternidade humana; é o fundamento da honra devida aos pais. O respeito dos filhos, menores ou adultos, pelo pai e pela mãe alimenta-se da afeição natural nascida do vínculo que os une. O quarto mandamento também lembra aos filhos adultos suas responsabilidades para com os pais.
5º MANDAMENTO: “Não matarás”:
“Toda vida humana, desde o momento da concepção até a morte, é sagrada porque a pessoa humana foi querida por si mesma à imagem e semelhança do Deus vivo e santo. O assassinato de um ser humano é gravemente contrário à dignidade da pessoa e à santidade do Criador”. O quinto mandamento, entretanto, vai além do ato de homicídio voluntário ou a cooperação nele. Entende a Santa Igreja que ele abrange não apenas a morte em si, mas uma série de outras atitudes tais como: a intenção de se destruir uma pessoa, mesmo que não se consiga; o aborto voluntário ou provocado; a eutanásia voluntária; os negócios fraudulentos que provocam a morte ou a fome; a instituição de leis que atentem contra a vida; a criação de estruturas sociais que promovem a exclusão, a fome e o abandono; o desrespeito à integridade corporal e a promoção da guerra. Jesus mostra claramente a abrangência do quinto mandamento quando diz: “Ouvistes o que foi dito aos antigos: “Não matarás. Aquele que matar terá de responder ao tribunal”. Eu, porém, vos digo: todo aquele que se encolerizar contra seu irmão terá de responder no tribunal” (Mt 5,21-22). Toda atitude contra a vida promove a morte. O cristão deve sempre nortear-se pela declaração de Jesus: “O ladrão vem apenas para furtar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida, e a tenham plenamente” João 10,10.
6º MANDAMENTO: “Não cometerás adultério”:
Disse Jesus: “Ouvistes que foi dito: “Não cometerás adultério”. Eu, porém, digo-vos: Todo aquele que olhar para uma mulher, desejando-a, já cometeu adultério com ela no seu coração” (Mt 5, 27-28). Deus é amor e vive em Si mesmo um mistério de comunhão pessoal de amor. Ao criar a humanidade do homem e da mulher à sua imagem Deus inscreveu nela a vocação para o amor e para a comunhão e, portanto, a capacidade e a responsabilidade correspondentes. Diz respeito particularmente à afetividade, à capacidade de amar e de procriar, e, de um modo mais geral, à aptidão para criar laços de comunhão com outrem. A sexualidade torna-se pessoal e verdadeiramente humana quando integrada na relação de pessoa a pessoa, no dom mútuo total e temporalmente ilimitado, do homem e da mulher. A virtude da castidade engloba, portanto, a integridade da pessoa e a integralidade da doação e implica na aprendizagem do autodomínio e da fidelidade. A Igreja deu ao matrimônio a dignidade de Sacramento, portanto, “O adultério e o divórcio, a poligamia e a união livre são ofensas graves à dignidade do matrimônio”.
7º MANDAMENTO: “Não roubarás”:
“O sétimo mandamento proíbe tomar ou reter injustamente os bens do próximo ou lesá-lo, de qualquer modo. Prescreve a justiça e a caridade na gestão dos bens terrestres e dos frutos do trabalho. Exige, em vista do bem comum, o respeito à destinação universal dos bens e ao direito de propriedade privada. A vida cristã procura ordenar para Deus e para a caridade fraterna os bens deste mundo”. Tudo o que foi criado por Deus, animais, plantas e seres inanimados, estão naturalmente destinados ao bem comum da humanidade, pois o domínio que Deus deu ao homem sobre estas criaturas não foi absoluto. Ele deve ser pautado pela preocupação e profundo respeito pela integridade da vida e de toda a criação.
8º MANDAMENTO: “Não apresentarás falso testemunho contra teu próximo”:
“O oitavo mandamento proíbe falsificar a verdade. Somos testemunhas de Deus, que é e que quer a verdade. As ofensas à verdade exprimem, por palavras ou por atos, a falta de retidão moral: são infidelidades graves para com Deus. Este mandamento proíbe a mentira e ensina que devemos respeitar a integridade da reputação do caráter do próximo. Quem crê em Deus deve amar a verdade que nos torna livres e nos santifica. Assim, o 8º mandamento proíbe que se levante falso testemunho e perjúrio (jurar falso, falar inverdades). Podemos prejudicar o outro por falsidade e omissão da verdade; por propagar qualquer informação que cause prejuízo ao próximo. Isto inclui admitir como verdadeiro, mesmo em silêncio, um defeito moral do próximo, bem como, sem razão ou conhecimento, revelar os defeitos dos outros a pessoas que não o sabem (maledicência). Estas condutas denigrem e desvalorizam a pessoa e por isso também é pecado.
9º MANDAMENTO: “Não desejarás a mulher do próximo” :
O amor puro e verdadeiro para com as pessoas demonstra também o nosso verdadeiro amor a Deus. Tanto ao homem como à mulher, não é permitido o ato de cobiça. E em seu conteúdo está contida a valorização e a dignidade da sexualidade humana, onde deve haver respeito mútuo. Um não possui maior dignidade que o outro. Viver o nono mandamento não significa apenas expressar ao próximo um amor puro e sadio, significa também que me relaciono indistintamente com todos. É uma busca de não nos deixarmos vencer pelas tentações da carne. Esta vitória é possível pela purificação do coração e pela prática da virtude da temperança. O fim último deste mandamento é visualizarmos na beleza humana a grandiosidade de Deus.
10º MANDAMENTO: “Não cobiçarás coisa alguma que pertença a teu próximo”:
Este mandamento completa o anterior ensinando que não podemos cobiçar ou ter inveja do que pertence ao outro, seja um bem material no sentido de propriedade ou de qualquer outra natureza. “O décimo mandamento exige banir a inveja do coração humano. Não cobiçar as coisas alheias, não trabalhar em si o sentimento de inveja e de possuir o que é do outro.
CINCO MANDAMENTOS DA IGREJA
1º – “Participar da Missa inteira aos domingos, de outras festas de guarda e abster-se de ocupações de trabalho”;
2º – “Confessar-se ao menos uma vez por ano”;
3º – “Receber o sacramento da Eucaristia ao menos pela Páscoa da ressurreição;
4º – “Jejuar e abster-se de carne, conforme manda a Santa Mãe Igreja” (No Brasil, isso deve ser feito na Quarta-feira de Cinzas e na Sexta-feira Santa;
5º – “Ajudar a Igreja em suas necessidades”, conforme a passagem abaixo:“Pagai integralmente os dízimos ao tesouro do templo, para que haja alimento em minha casa. Fazei a experiência – diz o Senhor dos exércitos – e vereis se não vos abro os reservatórios do céu e se não derramo a minha bênção sobre vós muito além do necessário.” Malaquias 3, 10
SACRAMENTO – sinal visível de uma graça invisível
Os sacramentos são sinais sensíveis, gestos e símbolos eficazes do amor de Deus.
Assim como o aperto de mão e o abraço são sinais de amizade, e nos sacramentos o sinal da cruz, a unção com óleo e a comunidade reunida são sinais concretos que nos permitem ir ao encontro de Deus.
Batismo – a porta de entrada para a família de Deus
Confissão – arrependimento dos pecados e garantia do perdão de Deus
Eucaristia – sacramento do corpo e sangue de Cristo, alimento de Deus em nossa vida
Crisma – Sacramento da maturidade da fé, fortalecimento do espírito para assumir o moço o compromisso do batismo
Unção dos enfermos – Sacramento da esperança e do restabelecimento
Matrimônio – Sacramento de amor, união indissolúvel entre homem e mulher, prevista desde o início da criação
Ordem – Sacramento de serviço à comunidade
Os sete sacramentos se dividem em:
SACRAMENTOS DE INICIAÇÃO CRISTA: batismo, crisma e eucaristia
SACRAMENTOS DE CURA: confissão e unção dos enfermos
SACRAMENTOS DE SERVIÇO: ordem e matrimônio
EUCARISTIA: A igreja vive da Eucaristia.
Jesus Cristo é o verdadeiro alimento que nos transforma e nos dá forças para realizarmos a nossa vocação cristã. Exorta vivamente o beato João Paulo II: “Só mediante a Eucaristia é possível viver as virtudes heroicas do Cristianismo: a caridade até o perdão dos inimigos, até o amor pelos que nos fazem sofrer, até a doação da própria vida pelo próximo; a castidade em qualquer idade e situação de vida; a paciência, especialmente na dor e quando estranhamos o silêncio de Deus nos dramas da história ou da nossa existência. Por isso, sede sempre almas eucarísticas para poderdes ser cristãos autênticos”.
O símbolo (sinal visível) de cada sacramento (graça invisível).
- BATISMO: Água;
- CRISMA: Óleo sagrado chamado Santo Crisma;
- EUCARISTIA: O pão e o vinho consagrados na santa missa;
- CONFISSÃO: Os pecados confessados diante do padre;
- UNÇÃO DOS ENFERMOS: O óleo sagrado chamado Óleo dos Enfermos;
- ORDEM: A imposição das mãos pelo Bispo;
- MATRIMÔNIO: A aliança usada em sinal de compromisso .
ANO LITÚRGICO
O Ano de 2023 corresponde ao Ano Litúrgico A.
Observe no Evangelho do dia que estamos meditando o Evangelho Segundo São Marcos.

Beatriz:
Procure localizar onde estamos no ano litúrgico.
Observe antes do Ciclo do Natal (advento), depois do Tempo Comum, temos a FESTA DE CRISTO REI que encerra o Ano Litúrgico.
O domingo seguinte inicia o novo ano litúrgico, com o primeiro domingo do advento
Amando nossos encontros. Sentindo o carinho de Deus através de você! Eu te amo. Beatriz