Da escuridão à Esperança

27/05/2025 0 Por Marta Villela

(Ajuda à Igreja que Sofre)

Centenas de “invisíveis” se espalham pelas calçadas das grandes cidades em busca de um refúgio para passar a noite. Por trás de cada rosto, existem histórias e desafios que ficariam ocultas se ninguém se aproximasse, rompendo as barreiras do medo e do preconceito.Marcelo Camargo nunca teve vício algum. O que acabou fazendo ele tornar seu lar o chão frio da Rodoviária da Barra Funda, na capital paulista, foi a depressão. Resquício de um trauma vivido na infância, quando com nove anos sofreu um abuso. Um peso insuportável que o assombrou durante toda a vida.
Foi ali, no fundo do poço, que um homem, hoje diácono, o encontrou, e não ficou indiferente. Marcelo, fraco, sujo e sem comer há vários dias, chegou na Fazenda da Esperança, em Guaratinguetá, carregado no colo por um homem que mal conhecia. Aqui começa uma nova história, que o próprio Marcelo escreve a seguir.
Neste momento começa a minha cura, uma expressão de amor sem medida, onde um homem se fez como Cristo, me carregando nos braços. Este homem, que também se recuperou na Fazenda, fez por mim o que um dia fizeram por ele.
Durante meu tratamento eu fui acolhido, respeitado e conduzido a uma experiência de amor com Deus através da proposta da Fazenda, um tripé: espiritualidade, trabalho e convivência.
Com a Palavra de Deus e o tripé da Fazenda da Esperança, eu retomei o controle da minha vida, deixando se ser escravo para a liberdade. O amor me curou e a Palavra de Deus forjou meu pequeno coração ao preciosíssimo Coração de Jesus. A palavra de vida que alavancou a retomada de minha vida espiritual é: ‘Amar, sempre amar o irmão que clama por cuidados!’
A história de Marcelo poderia ter um triste fim. Mas, felizmente, ela se tornou um testemunho de superação. Muitas Fazendas da Esperança, como a que acolheu Marcelo, foram construídas e mantidas graças ao apoio generoso dos benfeitores da ACN.

“Aleteia”